segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"CORPOS"




“O corpo suspenso

Trás no chão seu contraponto

Além do corpo

Horizontes de memórias

Feito baús pandorianos

O corpo suspenso não tem ponto, eixo, amparo,

Nem outro, nem margem

Não tem sexo, cor, gênero

Não tem ponto de partida, nem chegada

Solto na imensidão do vácuo

Seguro no nada

Feito um número ilusionista

O corpo suspenso ergue-se

Além de mim e do outro.”



Para os nossos corpos suspensos que clamam por liberdade, que instauram rupturas e nos mantém vivos na dureza dos corpos cotidianamente materializados.



Poema: Fátima Lima

Escultura:Louise Bourgeois

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