quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Feliz Ano Novo
" Não quero acalanto
sorrisos,
mise en scène cortês
nem beijos nem afagos
nem um oi, talvez...
quero a acidez dos gestos
o SILÊNCIO
a permanência dessa AUSÊNCIA
Que a mim
Já não dói mais..
Quero a paz silenciosa
Os pedaços que refiz
Colagens colágenos
De um tempo
Que nunca existiu
Quero o cotidiano
Sem ressonâncias magnéticas
E os registros das minhas memórias
Que a ti não deve mais
E entre fogos de reivellon
Festejar a sublime paz de sobreviver
à mim mesma".
Poema: Fátima Lima
Fotografia: Irina Ionesco
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Esse poema combinou muito comigo no início dessa semana. Desejava apenas a ausência e essa paz de ter sobrevivido a mim mesma.
ResponderExcluirp.s: Achei seu comentário foi bem interessante. Concordo que o jornalismo seja importante para a sociedade, mas o que me deixa irritada, principalmente porque eu tenho uma queda pelo jornalismo literário e cultural, é que muitas vezes o jornalista fica preso e não consegue ousar e brincar com o jeito de construir o texto. Ainda não sou formada, mas na própria universidade já tive professores que não deixavam a turma inovar. Era sempre a mesma fórmula, o mesmo feijão-com-arroz do jornalismo.
Não sei se os textos do Rian Santos são mesmo jornalísticos, mas admiro a capacidade dele de escrever o que gosta e da forma que lhe convém. Pena que nem sempre existe uma liberdade assim...
ResponderExcluirQue celebremos a vida, os acontecimentos, as sobrevivências nesse contorno cotidiano que só nos ensina a amar cada dia mais...
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