sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
O Silêncio da Criação ou Poema para Manoel de Barros"
A obra de Manoel de Barros é ímpar na literatura. A propriedade que tem em brincar com o singular, com a natureza, bichos e gentes, modos, costumes, idiossincrasias de um povo e sua pluralidade, faz dos seus escritos um deleite na superfície e profundezas do existir. Leio Manoel de Barros como se fosse uma viagem, um delírio, um gozo. É como se as suas poesias me levassem ao silêncio da criação.
O Silêncio da criação
" No começo era o silêncio
O tempo do não haver
Sementes a germinar
Antes era tudo bicho
Mares revoltos em ebulição
Não tinha gente
Não tinha dores
Não tinha morte
Antes era escuridão
Sem vozes ecoantes
Sem passos delirantes
Um tempo onde o verbo se fez carne
E homem e alma se fizeram presente
Esquecendo o silêncio da criação"
Poesia: Fátima Lima
Foto: Fátima Lima
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Sem dúvida um belo poema e uma justa homenagem ao grande Manoel de Barros.
ResponderExcluirpuxa, que polissemia, meu bem...!
ResponderExcluircomo poesia eu gosto de comer, aqui estou sentindo o meu esôfago...
a propósito, tô gostando, rssss
querida, estou com saudades!
estou na torcida por vc e pela tese.
muito bom te encontrar, viu?!
cheiro