terça-feira, 26 de janeiro de 2010
" Entre Wilde e Hilst"
" Às vezes, escrevo para não padecer, para não engasgar em lágrimas, para SOBREVIVER nesse tempo de migalhas. Tempo sem oferta e possibilidades. Escrevo para dilacerar o grito, cortar a palavra ainda não dita. Mal-dita. Nunca dita.... Ruminada em dores insolventes... Com algozes, sem perdão... com forca e punição. A palavra que falta é a mesma que alimenta. Escrevo até as últimas palavras vindas e quando não vindas mais, escrevo com o silêncio, o medíocre silêncio de nada dizer, de nada fazer e só esperar... Esperar horas, dias, segundos, seguintes meses, anos, vidas, que vida há em esperar? Espera de morte... Que tempo é esse que envelheço em dor, me desfiguro e perco de mim o que não há, o que quero? E talvez nunca seja: ser em plenitude nessa sentença condenada ao fragmentário, a pedaços, a migalhas de mim".
Texto: Fátima Lima
Foto: fátima Lima
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Olá Fátima!
ResponderExcluirBom tê-la como acompanhante em meu blog! :D
Ah, escrever..
Já postei algo parecido, tentando encontrar o sentido do escrever para mim...
"Para anotar conhecimentos que às vezes nem uso; por uma inspiração que estimula a transformação de um papel em branco; para aliviar um cansaço, uma raiva; por vontade de expressar momentos alegres; por simples preenchimento de um momento sem sentido; e tantos e tantos outros."
Ainda estou em busca da resposta, por enquanto prefiro perceber o quanto me faz bem!
Adorei o texto!
BRAVO!!!!! Intenso como a palavra, a escrita e o silêncio. Abraços.
ResponderExcluirOlá!!! Só pelo fato de vc não conceber o mundo entre hetero ou homo já faz de ti minha nova melhor amiga... Toca aqui!!! Hehe!! Valeu pelo comment, Fátima! Abraços!
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