sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"Errância"





Depois dessa trilogia ácida (Setembros) um poeminha que instaura outra perspectiva, que sinaliza o fim e o começo, pois princípio e fim; fim e princípio são nos devires constantes:


"Errância"

" Fiz de mim o que não sabia

Me pus à frente do tempo

Guerriei feito Iansã

Entre tempestades e ventos

Percorri prados e cercanias

Andei errante por campos

Me vi, por vezes, descalças

E os pés feridos

Desci desertos remotos

Vi legiões de beduínos

Passei por selvas distantes

Abriguei-me entre tribos

Bebi de mitologias

Falei em línguas estranhas

Conversei com demônios e anjos

Vi o princípio e o fim"


Poema: Fátima Lima

Foto " Outono" de Fátima Lima

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